segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Pai Benedito de Aruanda


Quem é Pai Benedito de Aruanda?
 Pai Benedito de Aruanda, que em sua última encarnação  nasceu na África e ainda menino foi
trazido à força para o Brasil para trabalhar como escravo em 1602, desencarnou cerca de 30 anos depois, ainda novo, com quarenta anos de idade.
Aqui, no Plano Material e na região de Recife, foi ini­cia­do por sacerdotes africanos também escra­vizados, mas que tinham relativa liberdade por­que viviam na propriedade de um “senhor de engenho” que fazia vista grossa para a religio­sidade dos seus escravos.
O país de origem de Pai Benedito de Aruanda atualmente é conhecido como Moçambique. Ele desencarnou e permaneceu aqui, no astral brasi­leiro, auxiliando seus afins ainda encarnados, sendo que as divindades cultuadas pelo seu povo ou nação não recebiam o nome de Orixás, pois estes ele só veio a conhecer por volta do ano de 1810, quando da chegada de milhares de escra­vos trazidos da região hoje conhecida como Ni­géria cuja religião era mais elaborada e mais bem fundamentada que a que ele havia se iniciado, quando vivia no plano material.
Sua identificação com os Orixás nagôs foi ime­diata porque já vinha se dedicando a amparar e auxiliar as pessoas e os espíritos de escravos que desencarnavam, já há quase 150 anos, foi acolhido no seio do Culto aos Orixás como um benfeitor dos menos favorecidos e da huma­nidade e os Sagrados Orixás abriram-lhe os portais de acessos aos seus Mistérios Divinos, nos quais ele foi iniciando-se, vindo a se tornar com o passar do tempo uma manifestador espiritual  dos mis­térios nos quais havia se iniciado.
Atuou como mentor espiritual de vários mé­diuns que seguiam o Culto dos Orixás e quando houve a fundação da Umbanda ele foi convocado para integrar-se a ela e a trazer para dentro dela o seu grupo de espíritos afins, todos preparados por ele no lado espiritual e já atuando como Guias Espirituais ou protetores dos seus afins encar­nados.
Na Umbanda, “fundou” duas linhas de traba­lhos espirituais, sendo que uma é a dos “Pretos Velhos Pai Benedito de Aruanda” e a outra é a dos “Caboclos Flecheiros”.
- Na linha dos Pretos Velhos ele acomodava es­píritos cuja última encarnação fora como ne­gros.
- Na linha dos Caboclos Flecheiros acomodava espíritos cuja última encarnação fora como índios.
Essas duas linhas de trabalhos espirituais umbandistas foram fundadas no astral por Pai Benedito de Aruanda e cresceram tanto dentro da Umbanda que hoje vemos muitos espíritos incorporados em seus médiuns apresentarem-se como Prestos Velhos “Pai Benedito de Aruanda” ou como “Caboclos Flecheiros”.
Onde manifestar-se um Preto Velho com esse nome, lá está um espírito da sua hierarquia “africana”. E onde manifestar-se um Caboclo Flecheiro lá está um espírito da sua hierarquia “indígena”.
“Só não devemos confundir Pai Benedito de Aruanda, o hierarca dessas duas linhas de Umbanda com os espíritos que apresentam-se com um desses dois nomes simbólicos, pois muitos já são os Pais Beneditos de Aruanda e muitos são os Caboclos Flecheiros”.
Seu amor e dedicação aos espíritos e à hu­manidade já o distinguem como um dos luminares do nosso abençoado Planeta e já o distinguiu co­mo um dos mentores espirituais da religião umbandistas.
Amor e dedicação são as qualidades que mais se destacam nesse espíritos abnegado que, diante dos Sagrados Orixás, consagrou-se por inteiro e em todos os sentidos à humanidade.
Nesse ano de 2008, quando comemoramos o primeiro século de existência da Umbanda, rendemos nossa homenagem a esse amoroso e dedicado semeador do Culto aos Orixás dentro da Umbanda.
- Pai Benedito de Aruanda, nosso muito obrigado!
Que o Divino Criador Olorum mais uma vez o aben­çoe, pois abençoado sempre fostes. Bendito sejais por toda a eternidade, Bendito Pai Benedito de Aruanda!

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Esse é um blog feito para quem tem fé na umbanda,e quer aprender um pouquinho mais sobre essa religião. Salve Iansã, Orixá dos ventos. Rainha das tempestades. Mãe que afugenta para bem longe os que nos querem fazer mal. Deusa guerreira e corajosa, que defende seus filhos com a espada de cobre. Mãe da alegria e do bom viver, que teus ventos abra meus Caminhos, encoraje minha Alma e alegre meu coração. Ê PARREIA OYÁ!